Primeiramente devemos tornar claro que a evolução da língua no tempo, devido a suas características fonéticas e dialetais nossa família foi conhecida também como D'Angeri ou Angeri. Veremos ainda que na França encontramos testemunho da família, lá denominada Angier.
Esta referência a França não é casual pois nosso nome de família tem sua origem também na cidade de Angers, capital da província de Anjou - cujo nome foi italianizado para Angiò. Angers é hoje a principal cidade do departamento de Maine, no Vale do Loire ao norte da França. Na verdade é uma cidade situada sobre o vale do rio Maine e cortada ao meio por este, poucos quilômetros de sua confluência com o Rio Loire.
À direita do Maine encontramos sua parte Medieval, dominada pela fortaleza e pela catedral circundadas de ruelas que seguem a antiga muralha, mais à direita destes se erguem a parte nova com os novos quarteirões.
Angers, uma cidade gallo-romana foi conhecida como Iuliomagus e foi centro político dos Andecavi e na metade do século IV torna-se sede do bispado. Torna-se aí, sucessivamente propriedade dos Francos, dos normandos e finalmente aos condes de Anjou. Foi sede em 872 dos chefes Hastings, sob a dinastia dos Plantagenetas se torna segunda capital do reino da Inglaterra e já em 1214 foi adjudicada à coroa francesa e doada por Luiz IX ao irmão Carlo. Finamente em 1480 foi incorporada ao reino da França.
Muitos tesouros de arte se encontram preservados em Angers: a igreja de San Martino é um destes exemplos mais antigos. Encontramos ainda restos da abadia de Le Ronceray do fim do século XI e da Igreja de San Albano com uma torre de 1130 e uma guarita do século XII.